PR.A.DO

ALEM DO «GAIOLA DO PRADIN»

São pouquíssimos os artistas que conseguem tocar todo final de semana em todos os cantos, palcos e cenários da música eletrônica no Brasil. É o caso do Pr.a.do. Produtor musical radicado na cidade de São Paulo, que junto com seu som transversal, conseguiu se firmar como um dos produtores mais tocados e prolíficos da cena eletrônica brasileira. Seu maior sucesso, a já clássica “Gaiola do Pradin” soa em mais de uma festa todas as noites, sendo um sucesso nacional e internacional. Tive a oportunidade de conversar com ele sobre sua forma de se relacionar com a música e com a própria cena, sobre Subliminar e sobre seus lançamentos sob os braços da Gop Tun Records.

Você mora em uma cidade que respira música e tem cultura em tudo lugar, onde também tem um som que mistura elementos da música de diferentes lugares do Brasil, como o som do São Paulo influência em sua criação musical?

Aqui já colei em roles de todos os tipos, do samba ao jazz, do funk ao hip hop, São Paulo é uma cidade muito louca! É um tipo de rolê que eu frequentei demais durante alguns anos, foram batalhas de rap, principalmente a batalha do largo, que rolava quarta-feira na estação Faria Lima em Pinheiros, lá foi um dos lugares que eu mais vivi a arte pela arte, a música sem fins comerciais! Apesar de não batalhar eu sempre tava no «front» da batalha tomando meu corote e fumando meu eight hahahaha e lá me ensinou uma das lições mais valiosas na hora de criar, que é saber se deixar levar pela energia do momento, se permitir errar mas não ficar preso na própria zona de conforto, até por isso que eu não me denomino como um produtor apenas de house, eu gosto de música boa e faço o que me dá na telha!

Também não costumo demorar mais que 1 dia para fechar a musica, eu sou o tipo de pessoa que faz tudo em uma sessão e depois só fecha a mix e a master e já era, eu nunca demorei mais que 2 ou 3 dias para fechar a composição de uma música.

Sem dúvida alguma “Gaiola do Pradin” tem sido um grande sucesso tanto no Brasil como lá fora, marcando presença em muitos eventos e festas cada vez mais e até, inclusive, no Festival Dekmantel compondo ao som de Trepanado e Carrot Green. Como isso foi para você? Como você se sentiu com toda repercussão?

Olha, pra ser sincero até hoje quando alguém toca Gaiola, seja no Dekmantel ou em algum role de faculdade, eu primeiro fico muito feliz, e depois acho engraçado o fato de eu ter feito essa música em 15 minutos, 2 dias antes de fechar o prazo de entrega das tracks do primeiro V. A. Mandrake, que o 808BHZ estava agitando com alguns amigos pra lançar nos primórdios da subliminar. 

Essa é a maior prova de que se deixar levar sem medo do que vai acontecer na hora de criar pode te levar a algo genial, que nem você consegue enxergar o valor na hora que você cria.


Algo que me surpreende muito é que você não tem problema nenhum em compartilhar abertamente e de graça sua própria música, diferente de muitos outros produtores. Por quê você escolheu compartilhar livremente sua música?

Então, pra mim o pensamento é muito simples: Se a pessoa me acompanha, curte meu trampo, não tem por que eu não fornecer minhas músicas com qualidade boa para a pessoa poder tocar, se ela realmente quiser tocar ela vai ripar e tocar, não é mistério pra ninguém que muitos djs fazem isso, e eu não acho que essa galera tá errada, seria muito errado eu vir aqui e pagar de certinho e falar que eu não pirateio músicas de vez em quando, então pra facilitar os dois lados eu deixo free, mando pra quem quer, e já era sabe, e no fim das contas todo final de semana alguém toca alguma música minha. E no meio desse rolê todo tem pessoas que curtem meu som ao ponto de me pagar, mesmo sabendo que a track é de graça! Essas pessoas são fodas demais!!!!

Faz algumas semanas que sua label Subliminar lançou o Mandrake 2, uma compilação com 20 músicas de artistas brasileiros e estrangeiros como Drama.efx, Fortunato, Erica Live, Art Popper, Gabriel Ide e Eve Nacari para citar alguns. Como foi o processo de curadoria para você?

Na verdade não teve de fato uma curadoria, a Subliminar é ativa na internet mas tem uma cena muito ativa fora das telas e da rede, então as pessoas desde o lançamento do primeiro Mandrake vem pedindo para participar do próximo, nem fui eu ou ninguém dá Subliminar que decidiu que teria um Mandrake 2, meio que ja tava certo antes de ter nosso okay! Isso é muito foda, e por conta disso quando começamos a chamar alguns artistas pra participar, uma galera viu o movimento e chegou junto, e isso foi muito foda! O mérito do V.A Mandrake não pertence de forma nenhuma a mim ou a subliminar, e sim a todos os artistas nacionais! Tanto os que produziram os sons, quanto principalmente os djs que tocam nossos tracks em todos os lugares possíveis e imagináveis, mesmo!

Nesse mês de Outubro teremos o seu novo lançamento, que fará parte do catálogo da Gop Tun. Uma festa e selo musical que faz um trabalho muito sólido e multidisciplinar em torno da música eletrônica e artistas nacionais e internacionais. O que devemos esperar de suas novas produções e o que esse lançamento significa para você?

Esse lançamento é muito especial para mim, por que a Gop Tun literalmente me educou sobre música e principalmente sobre pesquisa musical, eu sempre tive uma pulga atrás da orelha de como eles achavam aqueles sons fodas que tocavam nos roles, e por muito tempo minhas melhores músicas eram shazams que eu fazia na pista de dança da Gop Tun , e em março deste ano, depois de eu ver a Eris Drew e Octo Octa tocarem na Gop Tun  festival, minha mente simplesmente explodiu! Aquele dia virou uma chavinha na minha mente, e esse EP literalmente foi tentando atingir aquela mesma energia que eu senti naquela manhã que as duas fecharam o festival.

Quando eu fechei as 4 tracks, eu senti que elas tinham que sair pela Gop Tun  por que eles tiveram influência na criação, se não fosse aquele rolê não teria esse EP, de fato! E se não fosse o suporte que eles me deram logo de início, eu não teria tido nem a coragem de mandar meu som pra eles! 

Traducción al español

Vives en una ciudad que respira música y tiene cultura por todas partes, donde también tienes un sonido que mezcla elementos de la música de diferentes lugares de Brasil, ¿cómo influye el sonido de São Paulo en tu creación musical?

Aquí he hecho todo tipo de fiestas, desde samba hasta jazz, desde funk hasta hip hop, ¡São Paulo es una ciudad loca! Y un tipo de fiesta a la que asistí mucho durante algunos años, eran las batallas de rap, especialmente la batalla de la plaza, que ocurría el miércoles en la estación Faria Lima de Pinheiros, allí era uno de los lugares donde viví el arte por el arte. Bien, música no comercial! Aunque no luche, siempre estuve en el «frente» de la batalla tomando mi Corote y fumando mi pito jajajaja y ahi me enseño una de las lecciones más valiosas a la hora de crear, que es saber dejarse llevar por la energía del momento, permitiéndote cometer errores pero no quedarte atrapado en tu zona de confort, por eso no me llamo solo productor de house, me gusta la buena música y hago lo que quiero!

Tampoco suelo tardar más de 1 día en terminar la canción, soy de las que hace todo en una sola sesión y luego solo cierra la mezcla y el master y listo, nunca tardé más de 2 o 3 días para cerrar la composición de la canción.

Sin duda, “Gaiola do Pradin” ha sido un gran éxito tanto en Brasil como en el exterior, estando cada vez más presente en muchos eventos y fiestas e incluso en el Festival Dekmantel parte del sonido que Trepanado y Carrot Green presentaron. ¿Cómo fue eso para ti? ¿Cómo te sentiste con toda la reacción?

Mira, para ser honesto, incluso hoy en día cuando alguien toca Gaiola, ya sea en Dekmantel o en alguna fiesta de universidad, primero estoy muy feliz, y luego me parece divertido el hecho de que hice esta canción en 15 minutos, 2 días antes de cerrar. la fecha límite para la entrega de las pistas del primer volumen de  Mandrake, que 808BHZ estaba armando con algunos amigos para lanzar en los primeros días de existencia de subliminal. Esta es la mayor prueba de que dejarse llevar sin miedo a lo que sucederá al crear puede llevarte a algo grande, que ni tú mismo puedes ver el valor cuando creas.

Algo que realmente me sorprende es que no tienes problema en compartir tu propia música de forma abierta y gratuita, a diferencia de muchos otros productores. ¿Por qué elegiste compartir libremente tu música?

Así que para mí el pensamiento es muy simple:

Si la persona me acompaña, disfruta de mi trabajo, no hay razón por la que no pueda brindar mis canciones con buena calidad para que la persona pueda tocar, si realmente quiere tocar, la va a piratear y la va a tocar, no es un misterio para nadie. que muchos djs hacen eso, y no creo que ellos estén equivocados, estaría muy mal para mí venir aquí y decir que no pirateo música de vez en cuando, para que sea más fácil los dos lados lo dejo gratis, se lo mando a quien quiera, y ya sabes, y al final todos los fines de semana alguien pone algo de mi música.

Y en medio de todo este paseo hay gente que disfruta de mi sonido hasta el punto de pagarme, ¡aunque saben que la pista es gratis! Esta gente es increíble!!!!

Han pasado algunas semanas desde que su sello Subliminar lanzó Mandrake 2, una compilación con 20 canciones de artistas brasileños y extranjeros como Drama.efx, Fortunato, Erica Live, Art Popper, Gabriel Ide y Eve Nacari, por nombrar algunos. ¿Cómo fue el proceso de curatoria para ti?

De hecho no hubo realmente una curaduría, lo Subliminal está activo en internet pero tiene una escena muy activa fuera de las pantallas y de la red, por lo que la gente desde el lanzamiento del primer compilado ha estado pidiendo participar en el próximo. No fui yo ni nadie de Subliminal quien decidió tener una Mandrake 2, ¡fue justo antes de que obtuviéramos nuestro ok! Esto es realmente genial, y por eso, cuando empezamos a invitar a algunos artistas a participar, un montón de personas vieron el movimiento y vinieron, ¡y eso fue realmente genial! El mérito de V.A Mandrake no me pertenece de ninguna manera a mi ni a Subliminal, sino a todos los artistas nacionales! Tanto los que produjeron los sonidos, como sobre todo los djs que pinchan nuestros temas en todos los lugares posibles e imaginables, ¡de verdad!

En este mes de octubre tendremos tu nuevo lanzamiento, que formará parte del catálogo de Gop Tun. Un sello de fiesta y música que hace un trabajo muy sólido y multidisciplinar en torno a la música electrónica y artistas nacionales e internacionales. ¿Qué debemos esperar de tus nuevas producciones y ¿qué significa este lanzamiento para usted?

Este lanzamiento es muy especial para mí, porque Gop Tun literalmente me educó sobre la música y especialmente sobre la investigación musical, siempre fui como una pulga detrás de la oreja de cómo encontraban esos sonidos geniales que tocaban en los decks, y durante mucho tiempo mi mejores canciones eran shazams que hice en la pista de baile  de Gop Tun, y en marzo de este año, después de ver a Eris Drew y Octo Octa tocar en el festival de ellos, ¡mi mente explotó! Ese día se convirtió en una pequeña clave en mi mente, y este EP estaba literalmente tratando de lograr esa misma energía que sentí esa mañana cuando las dos cerraron el Festival.

Cuando cerré los 4 temas, sentí que tenían que pasar por Gop Tun porque influyeron en la creación, si no fuera por ese viaje, ¡no tendría este EP, de hecho! Y si no fuera por el apoyo que me dieron desde el principio, ¡ni siquiera hubiera tenido el coraje de enviarles mi sonido!

Son muy pocos los artistas que consiguen sonar cada fin de semana en todos los rincones, escenarios y escenas de la música electrónica de Brasil. Este es el caso de Pr.a.do. productor musical radicado en la ciudad de Sao Paulo, que que junto a su sonido transversal ha logrado consolidarse como uno de los productores más tocados y prolíferos de la escena electrónica brasileña. Su mayor éxito , la ya clásica “Gaiola do Pradin” suena en más de una fiesta en cada noche, siendo un suceso nacional e internacional. Tuve la oportunidad de conversar con él, sobre su forma de relacionarse con la música y la misma escena, sobre Subliminar y sobre sus nuevos lanzamientos bajo el alero de Gop Tun Records. 

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